26/12/2019

Pokémon: Earth & Sky #01

Cabian era uma região isolada que não tinha nada além de uma ilha muito pequena, envolta pela imensidão do oceano. Nessa ilha viviam apenas alguns pokémon, em sua maioria já conhecidos pelos pesquisadores ao redor do mundo, e além disso, nada mais lá chamava atenção para haver um foco de estudos acerca da região. Um dia isso mudou, quando radares começaram a detectar, de tempos em tempos, uma mudança significativa no magnetismo dessa única ilha que havia em Cabian. Um grupo de cientistas e pesquisadores foi formado para que os mesmos montassem uma base na tal ilha, e assim pudessem entender o que estava acontecendo.

Após alguns meses de estudo, foi notado que sempre, em algum canto daquela pequena ilha, estava acontecendo alguma batalha pokémon muito intensa nos momentos em que as mudanças no magnetismo ocorriam. O problema com isso era que raramente ocorriam batalhas, visto que as poucas centenas de criaturas dali eram, em sua maioria, pacíficas, e ainda mais raros eram os embates fervorosos o suficiente para provocar o fenômeno. Em adição a isso, essas singularidades duravam um curto espaço de tempo, então, entender os detalhes desse mistério, como por exemplo a relação das batalhas com o magnetismo do lugar, era quase impossível devido à falta de “material”.

Ronald Leon, CEO de uma organização chamada “Coterk”, ao ficar sabendo num evento direcionado a investimentos científicos sobre as pesquisas da ilha da região de Cabian, demonstrou interesse e resolveu investir numa forma de ajudar, e daí surgiu o maior projeto direcionado a treinadores pokémon da história. Para estudar melhor os eventos da ilha, mais batalhas poderosas precisavam acontecer, e com isso em mente, a Coterk, em 10 anos, fez uma enorme ilha artificial em volta da que já havia ali, e planejou uma forma de que a chance de batalhas intensas fossem mais frequentes: Oito ginásios foram construídos, e como seus líderes, renomados membros da Elite 4 de outras regiões foram convocados e aceitaram o projeto. Além disso, a Elite 4 da própria região contava com outros fortes nomes, ainda mais desafiadores do que aqueles que agora eram os líderes dos ginásios de lá. Dessa forma, a ilha, até então sem nome, agora batizada de “Ilha Soratsuchi”, se apresentava como, de longe, a região mais difícil de ter sua Liga Pokémon vencida no planeta.

Quando o projeto foi finalizado, anúncios foram feitos em rádios, redes de televisão, e todos os meios de comunicação possíveis, convidando àqueles que se considerassem bons o suficiente para a Ilha Soratsuchi, da região de Cabian, prometendo o maior desafio de suas vidas de treinadores. Com isso, vários mestres experientes e prodígios de todas as partes do globo traçaram seu rumo para lá, a fim de vencer a mais complicada Liga, e conseguir o título de melhor treinador pokémon do mundo. A Coterk, pretendendo manter a transparência com os convidados, já deixava claro para todos que o sentido do projeto era promover o máximo de batalhas de alto nível possíveis para ajudar nas pesquisas sobre o mistério da região, o que parecia ótimo para todos, já que estariam ajudando no avanço da ciência enquanto evoluíam mais e mais como treinadores.

Nesse momento, um navio está chegando no porto da entrada da Ilha Soratsuchi com pessoas que almejam estar entre os melhores dos melhores. No convés, com longos cabelos esverdeados ao vento e um olhar brilhando de animação, uma jovem olha sorrindo para a ilha se aproximando.

- Ei, você parece bem animada. – falou um garoto, chegando perto dela.
- Ah, oi! Sim, eu estou muito! Pensar em ter uma aventura como mestre pokémon numa ilha onde só os melhores vão estar me deixa cheia de expectativas. – respondeu a garota.
- Hahaha, entendo o que quer dizer... Eu e meu amigo estávamos doidos por algo assim, depois de passar por tanta coisa em várias regiões...
- Seu amigo?
- Ah, ele está dormindo agora no alojamento.
- Entendo...

Ambos então sorriem e ficam olhando o horizonte, onde um desafio, ou melhor, o maior dos desafios estava cada vez mais próximo. O navio finalmente chega no porto e atraca, então os passageiros extasiados começam a descer.

- Ei, eu vou indo na frente, tenho que acordar meu amigo e falar com alguém. – disse o jovem.
- Tudo bem, espero nos encontrarmos de novo e batalharmos um dia! – respondeu a menina.
- Eu digo o mesmo!

O garoto correu na frente, enquanto a menina respirou fundo, se encheu de determinação, abriu sua bolsa e tirou dela um chapéu, colocou ele na cabeça e saiu andando.

Tendo sido instruída por alguns guias que haviam na entrada da ilha após pedir informações, a garota foi de encontro a um laboratório que tinha ali perto. Ela avistou o mesmo após cerca de cinco minutos andando, e quando estava perto de alcançá-lo, se encontrou novamente com o garoto que houvera conhecido no navio.

- Ei, parece que nos encontramos muito antes do esperado! – disse o garoto. – Que tal já fazermos a nossa batalha pra nos aquecer pra o que vem por aí?!
- Bom, eu adoraria, mas é impossível batalhar com você no momento, hehehe... – respondeu a jovem.
- Hã? Por que?
- Eu não tenho nenhum pokémon.
- O quê? Você não trouxe nem o seu principal pra cá?
- Na verdade, eu não tenho nem um principal... Eu saí de casa recentemente, estou começando minha jornada como mestre pokémon nesse exato momento, haha...
- O quê?!! Você vai começar sua aventura na região mais difícil de todas, já de cara? Todo mundo que está aqui provavelmente tem um forte histórico no mundo das batalhas pokémon, como esperado pelas divulgações sobre a ilha. Por que começar por aqui, ao invés de pegar alguma experiência antes?
- Bom, eu venho da cidade Lupin, que fica na região de Alerim, a mais próxima de Cabian, ainda que um pouco longe, já que Cabian é bem isolada. Por essa questão da distância eu optei por começar aqui, mas pensando bem, acho que se eu acostumar desde o começo a batalhar com os melhores, a chance de eu ser uma grande treinadora um dia é muito maior.
- Pensando por esse lado, você tem toda razão...
- Ei, que tal vir comigo? Eu vou pegar o meu primeiro pokémon no laboratório, e daí nós batalhamos!
- É uma ótima ideia, vamos lá!

Andando até o laboratório, a garota se toca de algo.

- Desculpe, mas eu acabei de perceber que esqueci de me apresentar antes. Prazer, meu nome é Emma, e você?
- Ah, desculpe também... Meu nome é –
- Pika, Pika! – fez um som vindo da floresta ao lado dos dois jovens. De um arbusto, sai um Pikachu correndo, segurando uma maçã, que logo pula no ombro esquerdo do garoto.
- Hehe, você voltou amigão... – disse ele – Como eu ia falando, eu sou Ash Ketchum, da cidade de Pallet!


CONTINUA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário